A inflação oficial de 2018 foi de 3,75%, acima dos 2,95% de 2017, mas dentro da meta do governo. Para 2019, economistas consultados pelo Banco Central estimam inflação de 4,01%.
Em dezembro, a inflação foi de 0,15%, acima do resultado de novembro (-0,21%), mas a menor para o mês desde o início do Plano Real, em 1994.
A inflação oficial é medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e foi divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (11).
A meta do governo era manter a inflação em 4,5% no ano, com uma tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo, ou seja, podendo variar entre 3% e 6%.
Tomate, gasolina e conta de luz entre 'vilões' do ano
As despesas que mais influenciaram a inflação no ano passado foram:
Habitação: +4,72%
Transportes: +4,19%
Alimentação e Bebidas: +4,04%
Alguns dos "vilões" de preço foram:
Tomate: +71,76%
Cebola: +36,71%
Batata-inglesa: +23,76%
Passagem aérea: +16,92%
Plano de saúde: +11,17%
Conta de luz: +8,70%
Gasolina: +7,24%
Ônibus urbano: +6,32%
Após queda de preço em 2017 graças à safra recorde, alimentos e bebidas ficaram mais caros em 2018, com efeito da safra cerca de 5% menor e da greve dos caminhoneiros no fim de maio.
A expectativa de analistas consultados pelo BC era que a inflação terminasse 2018 em 3,69%. Já o governo do ex-presidente Michel Temer havia previsto alta de 4,3% nos preços.
Alimentos puxaram inflação em dezembro
A principal influência sobre a inflação de dezembro foram os alimentos e bebidas (0,44%), responsáveis por quase 3/4 do índice do mês. Por outro lado, houve queda nos preços de transportes (-0,54%) e habitação (-0,15%).
Alguns produtos passarem a custar menos em dezembro. Por exemplo:
leite longa vida: -7,73%
combustíveis: -4,25%
pão francês: -1,31%
arroz: -1,19%
Mas outros produtos subiram bastante:
passagem aérea: +29,12%
cebola: +24,03%
batata-inglesa: +20,05%
feijão-carioca: +12,98%
frutas: +3,11%
carnes: +2,04%
Juros x inflação
Para tentar controlar a inflação, o Banco Central pode usar a taxa de juros. De modo geral, quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e forçar os preços a cair. Quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros para estimular o consumo.
Em dezembro, o Comitê de Política Monetária do BC decidiu manter a taxa de juros em 6,5% ao ano, menor nível da história (o Copom foi criado em 1996).
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