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Confiança do consumidor cresce 10 pontos em janeiro e entra no campo otimista, revela INC da ACSP

O INC varia entre zero e 200 pontos; o intervalo de zero a 100 é o campo do pessimismo e, de 100 a 200, o do otimismo. A margem de erro é de três pontos. A pesquisa foi realizada entre os dias 16 e 25 de janeiro.

O Índice Nacional de Confiança da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registrou 104 pontos em janeiro, um aumento de dez pontos em relação a dezembro (94) e de 27 frente a janeiro do ano passado, quando havia anotado 77 pontos. Além disso, é a primeira vez que chega ao campo otimista (acima dos 100 pontos) desde maio de 2015. “É um crescimento que surpreende bastante e reflete o otimismo do consumidor com o novo governo. Contudo, como é natural que a população dê um voto de confiança grande no início dos mandatos, é preciso que o governo corresponda às expectativas, por meio de ações práticas, concretizando as promessas feitas em campanha”, analisa Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

O levantamento também identificou que caiu a média de desempregados conhecidos pelos entrevistados. Em janeiro, eles afirmaram conhecer, em média, 4,6 pessoas que estão fora do mercado de trabalho. Em dezembro, essa média era de 4,7 e, em janeiro do ano passado, 5,1. “Os números estão em concordância com os dados oficiais do IBGE, o que reforça que a geração de emprego é um fato preponderante para que o brasileiro recupere a confiança na economia”, comenta Burti.

Regiões

O Sul é a região mais otimista do País, com INC de 123 pontos, ante 117 em dezembro. Uma das causas pode ser política, uma vez que foi a região que mais votou proporcionalmente no presidente eleito. Outro fator: as boas perspectivas em torno da safra da soja.

Razões parecidas fizeram com que as regiões Norte/Centro-Oeste e Sudeste também crescessem. Enquanto a confiança da primeira subiu de 85 para 104 na passagem de dezembro para janeiro, na segunda o índice saltou de 97 para 109 no mesmo período.

O Nordeste, por sua vez, é a única região que ainda não ultrapassou a barreira do otimismo, tendo ficado com 84 pontos em janeiro, estável sobre dezembro (82). Além de ter sido a região que menos votou proporcionalmente no presidente eleito, o Nordeste ainda sofre com a crise de segurança pública, em especial no Ceará.

Classes

No recorte por grupos socioeconômicos, a classe C é a mais otimista, com 105 pontos de confiança em janeiro contra 96 em dezembro. Atrás, aparece a classe AB, com 104 pontos (92 em dezembro) e, em seguida, a classe DE, com 93 pontos em janeiro frente a 83 em dezembro.

Assim como no Nordeste, o que motiva a classe DE a estar menos confiante – também não ultrapassando a barreira dos 100 pontos – é a desconfiança com o novo governo, em especial, o medo de que benefícios sociais sejam cortados, o que já foi desmentido pelo Executivo federal. Além disso, é a classe que mais sofre com a alta da violência.

Metodologia

O INC é elaborado a partir de 1.200 entrevistas pessoais e domiciliares, realizadas mensalmente em 72 municípios no Brasil inteiro, com amostra probabilística, com cota no último estágio de seleção e margem de erro de três pontos percentuais, representativa da população brasileira de áreas urbanas de acordo com dados oficiais do IBGE (Censo 2010 e PNAD 2014).

Fonte: Facesp

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