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Salário médio do Vale sobe acima da inflação pela primeira vez no ano

Entre os meses de janeiro a julho deste ano, o rendimento médio foi de R$ 2.195,94 na região, contra R$ 2.123,57 no mesmo período do ano passado, aumento de 3,41%; a inflação oficial acumulada nos últimos 12 meses, foi de 3,22%

Pela primeira vez no ano, o salário médio de todas as carreiras que geraram saldo de emprego na RMVale subiu acima da inflação.

De janeiro a julho deste ano, o rendimento médio foi de R$ 2.195,94 na região, contra R$ 2.123,57 no mesmo período do ano passado, um aumento de 3,41%.

A inflação oficial acumulada nos últimos 12 meses, a partir de julho, foi de 3,22%, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

O reajuste interrompe sete meses de resultado igual ou abaixo da inflação, resultando em perda de poder de compra de assalariados do Vale, segundo economistas.

O levantamento foi feito por OVALE com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia.

Segundo o economista Edson Trajano, pesquisador do Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais), o desemprego e a queda na produção causados pela crise econômica enfraqueceram a capacidade de negociação dos trabalhadores, afetando os reajustes salariais das principais categorias.

"Isso impacta outros setores, como serviços e comércio, que dependem do crescimento industrial", afirmou o economista.

PROFISSÕES.

No entanto, o aumento não foi linear para as carreiras que mais contrataram no Vale nos sete primeiros meses de 2019.

Em média, o salário médio das 10 carreiras que mais geraram saldo positivo na região foi de R$ 1.463,94 neste ano, entre janeiro e julho. O valor representa alta de 3,19%, portanto abaixo da inflação, ante o vencimento médio de 2018, em igual período, de R$ 1.418,72.

Das 10 profissões com os maiores saldos, cinco tiveram aumento acima da inflação, uma ficou abaixo do índice inflacionário e quatro perderam rendimento na comparação com o ano passado.

Servente de obras foi a carreira que mais contratou na região de janeiro a julho, com 714 empregos gerados e salário médio de R$ 1.405,10, uma queda de 0,07% na comparação com igual período do ano passado (R$ 1.406,07).

Alimentador de linha de produção gerou 566 empregos com média salarial de R$ 1.467,97, alta de 3,85% ante 2018 (R$ 1.413,51).

Auxiliar de escritório abriu 332 vagas no mercado nos sete meses de 2019 com um rendimento médio de R$ 1.244,62, apenas 0,23% acima do valor pago no ano passado, no mesmo intervalo, de R$ 1.241,74.

Profissões de maior qualificação têm reajustes salariais mais altos

As carreiras com os maiores reajustes no Vale do Paraíba, entre as 10 que mais geraram saldo positivo, têm maior grau de qualificação, reforçando a diferença da formação profissional. A profissão de professor de nível médio no Ensino Fundamental foi a que mais reajustou o salário médio nos sete primeiros meses deste ano, com 20,47% de alta: R$ 2.457,91 contra R$ 2.040,29, em igual período do ano passado.

O segundo maior aumento salarial foi na carreira de assistente administrativo, com 10,37%, passando de R$ 1.601,30 para R$ 1.767,42. Já carreiras de pouca qualificação, como a de varredor de rua, tiveram queda no salário médio (-7,82%), com R$ 1.087,34 contra R$ 1.179,61.

Fonte: OVALE

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